Reitora Margareth Diniz |
Ex-reitor Rômulo Polari evita comentar sobre o assunto e só fala depois que souber de todo o conteúdo do relatório.
A reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Margareth Diniz,
revelou na manhã desta quinta-feira (28) o conteúdo do relatório que
reúne informações sobre irregularidades na gestão anterior da
instituição. O documento foi entregue durante a reunião do Conselho
Universitário (Consuni).
De acordo com o relatório, foram
identificadas contratações ilegais, compras de alimentos, combustíveis e
outros produtos sem licitação, gastos excessivos com diárias, além de
desvios que somam cerca de R$ 2 milhões e 33 laboratórios que nunca
saíram do papel.
A reitora disse que não lhe cabe falar nomes de
pessoas envolvidas e adianta que os apontados como responsáveis só
poderão ser revelados por órgãos como Controladoria Geral da União e
Polícia Federal, depois de concluídas as devidas apurações.
Por
meio de sua assessoria de imprensa, o ex-reitor e atual secretário de
planejamento de João Pessoa, Rômulo Polari, disse que não vai se
pronunciar sobre o relatório entregue ao Consuni até que tome
conhecimento do conteúdo desse documento.
O prefeito Luciano
Cartaxo disse que confia muito no trabalho do professor Rômulo Polari e
tem certeza que o secretário fará sua defesa sem nenhum problema.
Relatório
Entre
as irregularidades apontadas no documento, não houve prestação de
contas de 59 convênios com prazos de vigência encerrados, o que
corresponde a 86,76% de um total de 68 contratos.
Uma multa
aplicada em 2008 pelo Ibama não foi quitada dentro do prazo determinado e
dobrou de valor, o que motivou a inclusão da UFPB no Cadin (Cadastro
Informativo de créditos não quitados do setor público federal).
O
relatório mostra ainda devoluções superiores a R$ 500 mil referentes a
recursos de convênios cujas prestações de contas não foram aceitas pela
Fundação Nacional de Saúde e FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação).
Também foram identificados mais de 260 processos de
estágio probatório sem andamento, ou seja, quase 300 concursados não
tiveram o procedimento de efetivação devidamente concluído.
A
inadimplência atinge ainda os setores de pós-graduação e pesquisa, que
colaboraram com a inclusão da Instituição no CADIN e SIAFI (Sistema
Integrado de Administração Financeira do Governo Federal).
De
acordo com as informações da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos),
há pelo menos 40 convênios em aberto, o que poderá ocasionar uma perda
de R$ 22 milhões de reais vindos da financiadora.
Direto da redação com informações do PORTAL CORREIO
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