O Vale parece fora do
mapa da Paraíba para a Assembleia Legislativa do Estado. Os debates e
proposituras do parlamento estadual passam longe daqui.
A região tem muitas demandas e graves problemas, mas quase nenhuma voz ou atitude parlamentar levanta-se em seu favor.
Tem sido assim desde a
morte do deputado estadual Soares Madruga. Se o Vale é a única região do
estado que não tem um curso técnico ou superior presencial, também
sofre pela falta de uma maternidade e de um hospital infantil. No campo
da segurança, é temerária a ausência de uma unidade do corpo de
bombeiros e de uma delegacia da mulher.
No meio ambiente, a
maior tragédia ambiental da Paraíba ocorre aqui: a morte do rio Piancó, o
mais importante do estado, pelos esgotos das cidades que o margeiam, é
um assunto nunca debatido com profundidade na Assembleia.
E falando em água, vem o
problema da seca: todo o drama de criadores e agricultores nos campos
regionais pela falta de chuvas e o iminente colapso no abastecimento de
cidades como Itaporanga, Piancó, Conceição e outras não têm merecido
qualquer atenção do parlamento estadual, tanto que a Caravana da Seca,
formada pela Assembleia para visitar e relatar a situação da estiagem,
passou longe do Vale.
Muitos dos atuais
deputados foram votados e bem votados na região, mas não defendem o Vale
com a força necessária por uma razão simples: para se elegerem,
compraram o apoio de vereadores e prefeitos, que, por sua vez, agiram
como vaqueiros do povo, e não se sentem obrigados a fazer nada pela
região.
Direto da redação com informações da FOLHA DO VALI
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