
Sertanejo da
cidade de Patos, a 300 km de João Pessoa, Silva Neto, teve a vida
marcada por uma tragédia. Em 1991, um tiro disparado por ele vitimou a
esposa. Ele jura que foi acidental. Na época, trabalhava como policial
militar e foi condenado a 15 anos e 8 meses de prisão, por homicídio
doloso, ou seja, com intenção de matar.
“Quando fui policial
militar era muito violento. Meu objetivo era matar e tirar os criminosos
de circulação. Quando cheguei à cadeia, conheci o inferno. Os presos
batiam na grade e ficavam agitados com a minha presença”, relembrou
Silva Neto. Por ter um bom comportamento, o então detento ganhou o
benefício do regime semiaberto e cumpriu apenas 5 anos, dos 17 de
condenação impostos pela Justiça paraibana.

Dados da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) confirmam
que o presídio de Sapé, é uma referência no quesito ressocialização.
Estão reclusos 168 apenados, porém, a capacidade da unidade é de 70.
Apesar da super lotação, não há registro de rebeliões ou tumultos. Todos
frequentam a escola e cursos de qualificação profissional.
“Há
100% de frequência. Eles estão nos ensinos fundamental e médio e
realizam cursos de culinária, pintura, artesanato, horta e confecção de
produtos de limpeza. Outro dado importante é que temos o menor índice de
reincidência. De 100 presos liberados, apenas dois retornam”, enfatiza
Silva Neto.
Direto da redação com informações de Hyldo Pereira
Comentários