Maria Aline venceu o câncer |
Em uma década (de 2002 a 2012), as mortes por câncer de mama
cresceram 158%, na Paraíba. As campanhas de conscientização e o acesso a
exames especializados também avançaram, mas ainda são mais voltados a
mulheres com mais de 40 anos.
Mas o câncer de mama também mata jovens e,
hoje, com uma frequência 125% maior do que há 10 anos (em 2002 foram
oito mortes de mulheres com menos de 39 anos; ano passado, 18). A boa
notícia é que há tratamento e cura. A prova disso é a técnica de saúde
bucal, Maria Aline Ferreira de Sousa, 24 anos, que tirou a mama para
vencer a doença, e faz do seu testemunho um alerta às mulheres,
principalmente, às jovens.
“Como tenho a mama muito pequena,
senti o nódulo ao tomar banho. Fui à mastologista, fiz os exames e
marquei a cirurgia, em 2011. Retirei o nódulo, mas o hospital perdeu a
biópsia e só conseguiu achar 10 meses depois. Deu carcinomicito, com 2
cm de diâmetro”, lembra. Ela retirou uma parte da mama e da axila.
A
indicação era fazer radioterapia, mas Aline tomou uma decisão mais
radical, com seus médicos: tirou a mama toda. “Por ser jovem, eu sabia
que o câncer poderia voltar. Então, fiz a mastectomia por uma medida de
segurança”. A retirada de uma mama foi feita junto com a reconstrução.
No entanto, o enxerto de pele necrosou. “Passei quatro meses tentando
continuar com a prótese, drenando toda semana, mas o jeito foi tirar”,
lamentou.
Aline passou oito meses sem prótese. Mas, o que seria
uma verdadeira flechada na autoestima de qualquer jovem, não mutilou o
sorriso dela. “Olhando as cicatrizes, fiquei abalada na primeira semana,
mas depois aprendi a me aceitar. Não tinha vergonha. Usava biquíni,
vestidos; saía para me divertir, Não deixei de viver.
Para a maioria das
pessoas, ter câncer significa morrer. Mas o câncer veio para mudar a
minha vida. Eu tive câncer, mas o câncer não me teve jamais”, afirmou.
Ela se recupera da cirurgia plástica feita há menos de um mês.
Direto da redação com informações do Jornal Correio
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