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Gasolina sofrerá reajuste de 4% e diesel de 8%; novos valores entram em vigor nas bombas já a partir deste sábado (30)

A partir de hoje, a gasolina vai estar mais cara 4% e o diesel, 8%.

O reajuste, válido para todo o país, foi anunciado ontem pela Petrobras para as refinarias.

O último reajuste da gasolina ocorreu no dia 30 de janeiro, um aumento de 6,6%. Já o diesel subiu 5,4% e mais 5% no dia 6 de março.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Derivados de Petróleo do Estado da Paraíba (Sindipetro-PB), Omard Hamad, afirmou que o preço final para o consumidor pode ficar mais alto por causa dos tributos que recaem sobre os combustíveis no Estado, o custo do transporte e aumento nas distribuidoras.

Omard Ramalho acrescentou que a alta divulgada pela Petrobras é na refinaria e vai ser repassada em cadeia para os outros segmentos até chegar ao consumidor final. “Vai passar pela distribuidora, depois no custo dos transporte e nos 27% de tributação. Com isso, deve ficar maior até chegar no consumidor, mas isso depende de cada posto”, declarou.

O presidente do Sindipetro-PB revelou que a tendência é de que o aumento só chegue nos postos de combustíveis a partir da segunda-feira, já que o anúncio foi feito na tarde de ontem, quando, teoricamente, os postos já estavam abastecidos e não tinham mais onde comprar.

Mas ele fez uma ressalva e disse que não era impossível já existir posto praticando o novo aumento neste sábado. “Essa é a leia de mercado. O empresário pode aumentar o preço quando achar necessário”.

Omard Ramalho confessou que ficou surpreso com o índice de 4% e 8%, porque acreditava que seria maior por causa da defasagem da Petrobras no mercado externo. “Se a mídia divulga que a defasagem da Petrobras é de 20% no mercado internacional e ela dá estes índices de reajuste, isso quer dizer que mais uma vez estão matando a empresa. Isso deve ser para segurar a inflação. Melhor para o consumidor”, destacou.

Já segundo a presidente da Petrobras, Graça Foster, o preço da gasolina está defasado em 6,5% e o do diesel, 19%.

Segundo a pesquisa divulgada no último dia 6 pelo Procon de João Pessoa, a média de preço mais baixa do litro da gasolina comum era de R$ 2,67 e a mais alta de R$ 2,91. Com o aumento de 4%, estes valores passariam para R$ 2,77 e R$ 3,14.

Já o menor preço médio do litro do diesel, segundo a pesquisa, foi de R$ 2,11 e o maior de R$ 2,39, se comprado com dinheiro. Com o reajuste de 8%, os valores subiriam para R$ 2,27 e R$ 2,58.

O reajuste foi decidido ontem durante a reunião do conselho de administração da Petrobras. Segundo a refinaria, a implementação da política de preços visa "assegurar que os indicadores de endividamento e alavancagem retornem aos limites estabelecidos no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 em até 24 meses, considerando o crescimento da produção de petróleo e a aplicação desta política de preços de diesel e gasolina".

Outro objetivo é alcançar, em prazo compatível, a convergência dos preços no Brasil com as referências internacionais. Outro foco é não repassar a volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico.

De acordo com a estatal, os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS.

"Seguindo recomendação de seu conselho de administração, por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente internos à companhia. Caberá ao conselho de administração avaliar a eficácia da política de preços da Petrobras por meio da evolução dos indicadores de endividamento e alavancagem da companhia", disse a estatal, no fato relevante

A Petrobras e o governo estavam estudando o aumento e iriam divulgá-lo na semana passada, mas a decisão foi adiada para agora. Também estava sendo avaliada uma nova metodologia de reajuste automático dos preços dos combustíveis, entre outros temas.

A empresa decidiu não divulgar como será a política de reajustes, que causou atritos entre a presidente Dilma Rousseff e a presidente da companhia, Graça Foster. O Conselho da estatal aprovou a implementação de uma política de preços, mas "por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente internos à companhia."

REAJUSTE FICA ABAIXO DOE SPERADO PELO MERCADO

O reajuste anunciado pela Petrobras ficou abaixo do esperado pelo mercado, que previa entre 5% e 6% para gasolina e 10% para diesel. A diferença entre o preço que a Petrobras paga para importar combustíveis e o que vende para abastecer o mercado interno gera prejuízos bilionários para a companhia desde 2011, comprometendo sua capacidade de investimento e de captação. O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) calcula que a defasagem esteja em 15% para a gasolina e 20% para o diesel.

No entanto, tanto a política quanto o aumento ficaram aquém do que a Petrobras pedia e do que o mercado esperava.

"Infelizmente, o mercado vai ficar frustrado, o governo decepcionou. Prevaleceu o controle da inflação, foi uma vitória do ministro da Fazenda (Guido Mantega, também presidente do Conselho de Administração da Petrobras)", disse o analista do CBIE Adriano Pires.

Mas, de resto, o anúncio deixou a desejar. A política geral foi divulgada, mas a metodologia de cálculo, não. A reserva pode frustrar o mercado em um primeiro momento, mas foi uma forma que o governo encontrou para não gerar gatilho automático para o reajuste e evitar, por exemplo, corrida de motoristas a postos de gasolina cada vez que houvesse expectativa de aumento.

O impacto imediato do reajuste de preços da gasolina na inflação poderá ficar entre 0,08 e 0,10 ponto porcentual, calcula o economista André Braz, do Ibre/FGV, se o repasse para o consumidor final ficar em torno de 2% a 2,5%, como calcula a consultoria LCA.

Ontem, a expectativa do mercado financeiro em torno do reajuste dos combustíveis levou as ações da estatal a subir 6% na bolsa. Depois reduziram a alta. Os papéis com preferência no recebimento de dividendos (PN) fecharam em alta de 2,47% e os ordinários (ON), a 3,33%.

O método de reajuste gerou embates acalorados entre Petrobrás e governo nas últimas semanas. De um lado, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, e sua diretoria; de outro Mantega e parte dos conselheiros indicados pela União. De avanço, a Petrobras se comprometeu nesta sexta-feira, pela primeira vez em mais de dez anos, com um prazo (24 meses) para se chegar no nível de endividamento máximo imposto internamente.

Os limites fixados foram ultrapassados, o que encarece os juros que a companhia paga para poder captar recursos no mercado internacional.

Direto da redação do Piancó Notícias com informações da Agência Estado

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