A mídia é um fator
fundamental na vida da sociedade, porque assistir televisão, navegar na
internet, falar ao celular são coisas do cotidiano da população mundial,
devido os avanços tecnológicos, que com sua variedade de meios de
comunicação possibilita estratégias e fórmulas de sedução cada vez mais
interessante de conhecer pessoas, o mundo, comunicar-se, e/ou buscar
conhecimentos, enfim a mídia na atualidade é algo vital para existência
humana.
Embora se saiba que as camadas sociais menos favorecidas
dediquem mais tempo à televisão por não ter outras opções de lazer, é
fato comprovado em nossa sociedade que crianças e adolescentes de todos
os estratos sociais têm no televisor sua companhia mais constante.
Os
meios de comunicação, especialmente a TV, são modelos com os quais
crianças e jovens se identificam e, quanto maior é o isolamento da
criança e do jovem, maior é o poder de influência que a mídia exerce
sobre ele (CAMPOS, 1985). Nesta perspectiva a educação também deve está
envolvida nesse processo de globalização dos meios tecnológicos.
Partindo dessa explosão de novidades oferecida pela mídia, é grande o
interesse de conhecer a importância da mídia na educação, visando as
contribuições para a aprendizagem no cotidiano escolar, porque a mesma é
algo acessível a todos, sem distinção de cor, raça, classe social ou
faixa etária de idade, onde a partir dela o indivíduo aprende a
interagir com o mundo ao seu redor e a ser uma pessoa crítica e de
opinião na sociedade.
Daí a extrema importância em estudar este tema,
pois como está muito presente na vida dos indivíduos, através do mesmo é
possível descobrir novas formas de ensino e maneiras descontraídas para
que o educando se interesse mais pela aprendizagem. Portanto,
atualmente a Educação Infantil vem sendo desafiada a enfrentar os
efeitos das transformações advindas da globalização com reflexos em
todas as instituições sociais (OLIVEIRA, 2005).
Ao mesmo tempo em que os
avanços tecnológicos encurtaram distâncias entre as sociedades, por
outro lado, passaram a exigir da sociedade e particularmente, do
profissional da educação, cada vez mais novas competências e habilidades
para a aquisição do domínio de novos artefatos tecnológicos visando sua
contribuição para o processo de ensino e aprendizagem.
Atualmente a
mídia é algo presente no cotidiano do indivíduo, e é de grande
importância para o desenvolvimento do ser humano na educação infantil e
na sociedade, nos dias atuais a visão sobre a mídia é diferente, onde a
mesma não é notada apenas como divertimento, mas como forma de
aprendizagem.
Portanto o seu uso implica-se em diferentes estratégias em
torno da prática educativa. Assim sendo, diante do impacto das
tecnologias de informação e comunicação em todos os setores das
atividades humanas, torna-se cada vez mais necessário que as
instituições escolares se preocupem em analisar os seus efeitos no
processo de socialização de crianças e jovens. Mais do que isso,
torna-se necessário promover de forma permanente uma educação para a
mídia.
Dessa forma, uma educação com e para mídias que tenha início na
educação infantil e que se desenvolva ao longo da formação do sujeito
contribuirá significativamente para o desenvolvimento de habilidades que
garantam ao indivíduo uma leitura crítica do discurso dos meios de
comunicação bem como a utilização dos recursos midiáticos na construção
do conhecimento base para uma sociedade mais participativa e
democrática.
O ideal seria que os alunos não fossem apenas capazes de
compreendê-los em profundidade (os meios), mas também de expressar-se
por intermédio deles. (Ferrés, 1996, p. 82). A participação da mídia, em
especial, televisiva na vida de todos, nas crianças em fase de educação
infantil e adolescentes é enorme.
Ela forma opiniões, cria conceitos,
direciona o consumo e influência o comportamento As crianças durante a
educação infantil, em especial, imitam o que veem na tela ou incorporam
padrões de comportamento por ela propostos. Conforme ressalta Edgar
Morin, em entrevista cedida ao canal cultura, destaca: “Lamento que o
ensino, sobretudo nas séries menores, que gostam de TV, não lhes mostrem
como funciona; como certos procedimentos de montagem, podem causar uma
falsa impressão” [...,] na realidade não é nada disso.
Portanto, pode-se
fabricar uma impressão da realidade com meios ilusórios. E acho que as
crianças, os cidadãos, precisam de uma educação aprofundada para serem
capazes de ter essa reflexão crítica. “[...]”. Ainda hoje, alguns
educadores questionam a introdução dos meios de comunicação no cotidiano
escolar, e mais especificamente da Televisão, citam alguns que esse
veículo iria mais uma vez trabalhar a favor das classes dominantes.
Sobre esse questionamento, Paulo Freire (1996) diz que os educadores não
devem temer a comunicação e as novas tecnologias e sim fazer uso desses
instrumentos para formar cidadãos críticos e conscientes do meio onde
vivem.
Segundo FAZENDA, (2001), a mídia televisiva constitui-se num
importante recurso na metodologia utilizada na mediação do processo
ensino-aprendizagem, uma ferramenta útil no trabalho do professor,
considerando-se que as realidades comunicacionais envolvem os diversos
meios de comunicação (televisão, vídeo, computador, etc) e vinculada aos
professores, tornam-se meios tecnológicos de interação em sala de aula e
qualidade na expressão do saber e fontes de pesquisa que propicia ao
docente na sua formação continuada, uma maior reflexão da práxis,
principalmente pelo acesso aos programas de fins pedagógicos que
orientam os profissionais e a prática docente, num incentivo à formação
do professor pesquisador como perfil do profissional da educação da
pós-modernidade.
É na sala de aula, com Educação de qualidade, que se
iniciam os primeiros processos para as bases do desenvolvimento efetivo
de uma sociedade mais justa e competitiva com estruturas sólidas e
seguras, principalmente na nossa atualidade, onde a globalização liga
todos os polos.
Portanto, mais que uma questão pedagógica sobre esses
fatores do dia a dia das crianças, onde a mídia também é uma discussão
social, no qual a educação é um mecanismo de desenvolvimento social,
servindo de apoio na tarefa de educar, se colocando como instrumento de
responsabilidade na construção de cidadão críticos e reflexivos nas
escolas.
As crianças que têm acesso às tecnologias têm uma cultura que
não consiste apenas em jogos e brincadeiras, mas também na utilização de
meios tecnológicos, os quais lhes proporcionarão desenvolver
habilidades.
Considerando a capacidade de interatividade demonstrada
pelas tecnologias digitais, conforme nos afirma Pais: “O sucesso do uso
do computador como uma tecnologia que pode favorecer a expansão da
inteligência depende da forma como ocorre a relação entre o usuário e as
informações contidas no programa por ele utilizado. Quanto mais
interativa for essa relação, maiores serão as possibilidades de
enriquecer as condições de elaboração do saber.
Este é um dos principais
argumentos para justificar a importância do estudo da interatividade no
contexto da inserção dos computadores na educação escolar.” Por meio da
tecnologia acessível à criança os professores podem observar e
construir uma visão dos processos de desenvolvimento das mesmas em
conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de
uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos
recursos afetivos e emocionais que dispõem.
Nesta perspectiva, a escola
passa a ser como um local de produção de conhecimento e de cultura em
que o professor, frente ao fato do cotidiano dos sujeitos escolares
serem profundamente marcado pelos meios de comunicação, recorre ao
processo dialógico para a conscientização no processo de leitura da
realidade e apropriação das linguagens tecnológicas e culturais; além
disso, esse profissional passa a considerar a importância do lazer, do
prazer e envolvimento emocional existentes no ensino aprendizagem,
tornando-o dinâmico e interessante aos pequenos.
Direto da Redação do Piancó Notícias - Por Rogério Silva
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