Esta quinta-feira (11) promete ser de intensas manifestações no
Brasil. Os protagonistas são os trabalhadores, que fazem marchas,
protestos e fecham rodovias em todo o país.
As principais
reivindicações são pelo fim do fator previdenciário, pela redução da
jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, pela
aceleração da reforma agrária e pela aplicação de 10% do Produto
Interno Bruto (PIB) na educação e de 10% do Orçamento da União para a
saúde. Organizações sindicais e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST) organizam o ato.
Metalúrgicos e trabalhadores da
construção civil, bem como operários de obras do Programa de Aceleração
do Crescimento, devem aderir totalmente ao movimento. Outras categorias
devem parar parcialmente, como bancários e funcionários da área de
telefonia.
Em São Paulo, por exemplo, está previsto o fechamento
da Marginal Tietê, das avenidas do Estado, da Jacu-Pêssego e da Radial
Leste, e das rodovias Anchieta, Anhanguera, Bandeirantes, Castello
Branco, Raposo Tavares, Fernão Dias, Dutra e Mogi-Bertioga. A partir do
meio-dia, trabalhadores farão um grande ato na Avenida Paulista. No
centro do Rio de Janeiro, a concentração será na Candelária, a partir
das 15h. Em Minas Gerais, trabalhadores da educação, saúde e os
eletricitários devem paralisar as atividades.
Outras rodovias
também devem ser fechadas por manifestantes. Entre elas estão a BR-101,
no município de Itajaí (SC), a BR-364, em Jaru (RO), as BRs-324, 101,
242, em Feira de Santana (BA), e a BR-381, em Ipatinga (MG).
Na
capital federal, trabalhadores vão se concentrar às 15h no Museu da
República. A Polícia Militar fará o deslocamento de 700 policiais para o
local a partir das 13h.
“A nossa mobilização é no sentido de
pressionar, tanto o Legislativo quanto o Executivo, para que nossas
pautas históricas, que estão há muito tempo nos dois Poderes, possam
avançar”, explicou Carmem Foro, vice-presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT). Zé Maria de Almeida, da CSP-Conlutas, destacou a
continuidade das manifestações, que começaram em junho. “O protesto vai
ser muito forte. Vamos ter greves em centros grandes. Depois das
mobilizações de rua que pararam o país, entram as entidades
organizadas”.
De acordo com o presidente da Força Sindical,
Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), a intenção dos organizadores
não é apenas serem recebidos pela presidenta Dilma Rousseff. “Esperamos
que a presidenta atenda às reivindicações. Ela precisa atender, ela já
sentou para conversar com a gente três vezes e não resolveu nada. Se ela
não atender, vamos continuar nos mobilizando”.
Direto da redação com informações da Agência Brasil
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