Há um mês, Natiele Cristina Pereira, 20 anos, de Cambé, região
metropolitana de Londrina (PR), luta para descobrir o sexo de seu filho.
De acordo a dona de casa, o bebê nasceu com má formação genética e os
médicos não sabem ao certo se a criança é menino ou menina.
- O
órgão genital é de meninho, mas não está bem formado. A médica disse que
há 90% de chance de ser realmente um menino, mas só vamos ter certeza
depois do exame de sangue que o resultado só sai em janeiro. É um exame
genético. Até lá, não podemos fazer o registro. Por enquanto, demos o
nome de Rafael.
Natiele ainda conta que tomou um susto quando o bebê nasceu, já que "tinha certeza de que era uma menina".
-
Nos exames que fiz durante a gravidez [ultrassom] deram que era uma
menina. Tanto que compramos tudo rosa: roupinha, carrinho e tudo mais.
Meu marido tem até foto com lacinho rosa na cabeça. Até os próprios
médicos se surpreenderam quando viram. Eles se entreolharam preocupados e
não sabiam o que me dizer.
A criança nasceu no Hospital
Universitário da UEL (Universidade Estadual de Londrina). Segundo a mãe,
após o nascimento, ele foi transferido para o Hospital das Clínicas da
cidade, onde ficou internado por dez dias.
Perfuração da barriga
Além do problema com o órgão sexual, o pequeno Rafael nasceu também sem ânus.
-
Foi feito uma colostomia. Eles fizeram um furo na barriguinha dele que é
onde saem as fezes. Foi feito um canal, mas não colocaram bolsinha. Vai
tudo para a fralda mesmo. Então, tenho que limpar certinho, colocar
gaze para não vazar. Ele só poderá operar quando tiver com pelo menos
seis meses de idade.
Natiele diz que "é muito difícil ver um filho sofrendo", sem saber como será seu futuro.
-
Não pelo fato de ser menina ou menino, porque para gente tanto faz, mas
passar por cirurgia. Os médicos ainda nem sabem se será possível operar
da má formação do órgão sexual dele.
Para o pai, o cinegrafista
Rafael Moreira Lima, o apelo é um só: encontrar um especialista que
possam ajuda-los "de alguma forma".
- Estamos com dificuldade de
tratamento. O que a gente queria um especialista no caso, porque um
médico fala uma coisa, outra coisa. Para você ter uma noção, não sabemos
o que pode acontecer. Fizemos exames e vamos ter que esperar meses. Mas
a saúde do nosso filho pode agravar. Agora eu penso: como nos
ultrassons dela nunca apareceu nada disso?
A reportagem do R7 procurou
a assessoria de imprensa do Hospital Universitário de Londrina. Porém,
eles disseram que não iriam se pronunciar por enquanto.
Direto da redação do Piancó Notícias com informações do R7
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